O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), confirmou que o deputado estadual Eduardo Cavaliere (PSD) será seu vice na chapa para a reeleição, segundo o GLOBO. Cavaliere, de 29 anos, superou o deputado federal Pedro Paulo (PSD) na disputa interna. Na quinta-feira, Paes foi a Brasília informar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a decisão.
Essa escolha encerra a principal incerteza do período pré-eleitoral no Rio. Paes indicou que formaria uma chapa exclusivamente do PSD, apesar de pressões de partidos aliados como o PT. O prefeito decidiu por um aliado de confiança, já que pode deixar o cargo no meio do mandato, caso reeleito, para concorrer ao governo do estado em 2026, o que faria Cavaliere assumir a prefeitura.
Pedro Paulo foi descartado após a divulgação de um vídeo íntimo, apesar de ser considerado um favorito de Paes. Na semana passada, Pedro Paulo comunicou ao prefeito que desistiria da indicação, mas isso foi visto como um teste para a repercussão do vídeo.
A decisão marca um baque na relação entre Paes e Pedro Paulo, que são aliados há cerca de 30 anos. Representa também mais um revés para Pedro Paulo, que já havia enfrentado derrotas eleitorais anteriores e expectativas frustradas, como a possível nomeação para o Ministério do Turismo.
Em nota oficial, Paes elogiou Pedro Paulo por priorizar a família, o que aumentou sua admiração e respeito. Sobre Cavaliere, Paes destacou seu comprometimento com o Rio.
Cavaliere foi secretário da Casa Civil até junho, quando se exonerou para estar disponível como "plano B" de Paes. Ele foi ajudante de ordens na campanha de Paes ao governo estadual em 2018 e participou da campanha municipal de 2020. Eleito deputado estadual com 33,6 mil votos, licenciou-se para assumir a Casa Civil.
Cavaliere é descrito como um gestor rigoroso e comprometido, semelhante a Paes. Contudo, enfrenta críticas por sua pouca experiência política e falta de atenção aos vereadores na Câmara Municipal.
Embora Paes não planejasse escolher um petista, prometeu a Lula que o consultaria antes de tomar a decisão. Pedro Paulo também enfrentava resistência no PT por ter votado a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
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