Neste sábado (20), o PSD do Rio formalizou a candidatura à reeleição do prefeito Eduardo Paes em uma convenção. A escolha do vice-prefeito, que deve ser o deputado federal Pedro Paulo ou o deputado estadual Eduardo Cavaliere, ambos do PSD, será definida até o dia 5 de agosto.
A cerimônia foi conduzida por Carlo Caiado, presidente da Câmara e do PSD municipal. Entre os presentes, havia representantes de diversas siglas, incluindo bolsonaristas e membros da esquerda.
— Esta aliança é uma resposta para aqueles que acham que a política deve se apequenar. Política é sobre o esforço de produzir consensos a partir dos dissensos — declarou Paes. — Espero que esta aliança se una em torno de um projeto de cidade.
Paes inicia a campanha em uma posição confortável, liderando com 53% nas pesquisas do Datafolha divulgadas neste mês. Seus adversários Tarcísio Motta (PSOL) e Alexandre Ramagem (PL) têm 9% e 7%, respectivamente.
Embora haja a expectativa de crescimento dos demais candidatos durante a campanha, os aliados de Paes acreditam em uma vitória no primeiro turno, confiança reforçada na convenção.
Durante seu discurso, Paes criticou a gestão de segurança pública do estado, sob responsabilidade do governador Cláudio Castro (PL), buscando associar Ramagem ao grupo que ele considera fracassado nessa área.
— (O bolsonarismo) Nomeou até o secretário de segurança do estado. Vai lá e faz. Está na mão deles há seis anos, desde 2018, quando eu e Comte (Bittemcourt) perdemos eleição para aquele juiz 171 — disse, referindo-se a Wilson Witzel.
Paes faz questão de que o vice seja alguém de seu grupo político, preparado para assumir a cidade. Pedro Paulo é o favorito, mas enfrenta problemas políticos devido a um episódio de agressão à ex-mulher, já arquivado pelo STF. Cavaliere, apesar de jovem e com uma curta trajetória política, é muito valorizado por Paes.
A convenção contou com a presença de lideranças do PSD e políticos de outras siglas que apoiam Paes, incluindo o bolsonarista Otoni de Paula (MDB), que usava um adesivo de apoio ao prefeito. Representantes de partidos como PT, PDT, PSB e PCdoB também participaram.
— Estou rodeado aqui de amigos petistas, do PCdoB. Aliás, preciso sair daqui e fazer uma oração depois — brincou Otoni. — Vocês acham que vão levar o Eduardo, um cara que sempre foi de centro, e vão levar sozinhos? Não… Eduardo é de todos nós.
Paes saudou a parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— É um sujeito apaixonado pelo Rio. Não tem nada que eu peça para ele que ele não faça.
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