A Justiça Eleitoral determinou, nesta quarta-feira (29), a cassação do mandato do vereador de São Gonçalo Dr. Armando Marins (PSC) por fraude nas Eleições 2020. Segundo as investigações, o partido usou candidatas “laranjas” para cumprir a cota de 30% das vagas para mulheres.
Os três suplentes do ex-parlamentar, Roberto Cesar Lobosco, Michel Portugal e Saulo Falcão, também foram cassados, já que a decisão se estende para toda a chapa.
De acordo com a juíza Cristiane Brandão, a fraude à cota de gênero foi comprovada de forma robusta nos autos. Ela aponta que as supostas candidatas não tiveram sequer um voto — nem mesmo o seu próprio —, não fizeram campanha eleitoral e nem tiveram movimentação financeira nas prestações de contas eleitorais.
A juíza ainda afirma que a fraude teve anuência do dirigente partidário, que também teria se beneficiado, assim como o candidato, já que nem teriam seus registros deferidos, caso a cota mínima de gênero não tivesse sido alcançada.
Ainda em 2021, uma das candidatas registradas na chapa do PSC, que também não recebeu nenhum voto, foi vista fazendo campanha nas redes para Dr. Armando Marins. Na época, em entrevista, ela chegou a afirmar que desistiu da candidatura porque teve Covid e depois mudou a versão.
MDB na mira da Justiça Eleitoral
Também corre em segredo de justiça as investigações sobre o vereador Lencinho (MDB), que também estaria envolvido em denúncia de fraude da cota de gênero. Em 2021, uma mulher usada como laranja assumiu que não seria candidata pelo partido, mas topou após oferecerem dinheiro em troca.
A mulher também não lembrava o próprio número da urna e admitiu não ter feito campanha.