Oimpasse entre as escolas de samba do Rio e a prefeitura ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira, e a polêmica da vez pode colocar em risco o desfile das 13 agremiações da Série A, módulo de acesso ao Grupo Especial, na Marquês de Sapucaí. Isso porque, segundo nota divulgada pela Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), até agora não houve a assinatura de contrato com a prefeitura para o Carnaval de 2018 da Série A.
A informação foi negada pela Riotur, que disse que o contrato, com previsão de um repasse de R$ 6 milhões a ser dividido entre as 13 escolas, foi assinado em 16 de dezembro. No entanto, o órgão comunicou que a liberação do empenho depende da Secretaria Municipal de Fazenda, que mesmo a apenas 44 dias do desfile, ainda não autorizou a distribuição dos recursos.
Em nota, a Lierj criticou a prefeitura do Rio, que neste ano já havia reduzido em 50% o valor dos repasses às escolas de samba, tanto do Grupo Especial quanto da Série A. No começo de 2017, o prefeito Marcelo Crivella disse que recursos seriam redirecionados a creches e outras unidades de educação do município.
“O descaso compromete ainda mais as 13 escolas de samba do grupo, que já haviam sofrido por parte do poder público um corte de 50% no incentivo cultural. A Lierj lamenta profundamente o incompreensível atraso, uma vez que as tratativas para a assinatura haviam sido iniciadas em junho deste ano”, destaca a nota.
Procurada, a Secretaria Municipal de Fazenda disse que avalia no momento a melhor forma de viabilizar o pedido de crédito orçamentário para a série A. A pasta, no entanto, não informou o motivo para que o repasse de R$ 6 milhões não tenha sido feito mesmo após a assinatura do contrato da Riotur com a Lierj, nem deu uma estimativa de quando serão distribuídos esses recursos.