O primeiro colocado na eleição do Rio de Janeiro e virtualmente desconhecido do fluminense até poucas semanas atrás, Wilson Witzel, passou três anos respondendo no CNJ a uma representação da corregedoria do TRF-2. Motivo: quando era juiz federal, Witzel viajou para a Espanha sem autorização do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Como motivo da viagem, Wtizel alegou, segundo a representação feita pela corregedora e desembargadora Salete Macalóz, que participaria de um seminário em Madri, entre os dias 22 e 28 de fevereiro de 2014. Só que “o magistrado ausentou-se do país entre os dias 19 e 26 de fevereiro” (…) “indicando que a verdadeira motivação de seu afastamento não foi a participação no evento acadêmico”.
Mas qual seria de fato a razão da viagem? “A comemoração do seu aniversário de casamento”.
De acordo com o processo, ao viajar para Madri Witzel descumpriu “a decisão da corregedoria regional que indeferiu o seu pedido de afastamento de suas funções para participar de evento no exterior”. O candidato do PSC teria exposto o seu “flagrante desrespeito pelo ordenamento disciplinar vigente, algo descabido em se tratando do magistrado, a quem cabe ordenar, por meio de suas decisões, o respeito às leis por parte do jurisdicionado “.
Agora, no dia 18 de setembro, reta final da campanha eleitoral, houve empate quando o CNJ discutiu sobre a abertura de um processo administrativo contra Witzel — e a representação foi arquivada.