A exemplo de Londres e Nova York, o Rio deve ganhar até o fim do ano uma roda-gigante panorâmica para chamar de sua. A estrutura de metal começou a ganhar forma na última sexta-feira em um terreno próximo ao AquaRio, na Zona Portuária. A atração deve estar pronta até a primeira quinzena de novembro.
Segundo Ronaldo Costa Beber, representante da ARC Big Eye, empresa que venceu licitação aberta pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp), a atração está preparada para receber 20 mil visitantes por dia.
— O ingresso não deve passar de R$ 50. Cogitamos, ainda, a inclusão de preços promocionais — explica Costa Beber.
Setenta novos empregos
O nome do projeto é Rio Star, mas o batismo vai passar pelo crivo de pesquisas. Após a inauguração, além do impacto indireto na economia, a roda-gigante representará 70 novos empregos diretos na região.
O presidente da Cdurp, Antonio Carlos Mendes Barbosa, espera que o entorno seja beneficiado:
— A roda será indutora de novas atividades. Empresários de visão devem instalar restaurantes nas imediações que vão gerar empregos, impostos e movimento de pessoas.
Ainda de acordo com Barbosa, o projeto trará mais coesão para as atrações da Zona Portuária:
— A roda, perto do Boulevard Olímpico, desafogará um pouco a Praça Mauá e distribuirá o fluxo para a Cidade do Samba. Precisamos de outra atração no entorno da Rodoviária para garantir atividades em toda a área.
‘Novo símbolo do Rio’
Pelos próximos cinco anos, a ARC Big Eye pagará R$ 200 mil mensais à prefeitura ou 5% da receita bruta — o que for maior. Para a Cdurp, a iniciativa pode ressignificar as referências turísticas da cidade.
— A roda-gigante será um novo símbolo do Rio. Em Londres e outras cidades com projetos semelhantes, a roda é muito mais visível do que o Big Ben ou o Palácio de Buckingham. Isso trará um fluxo de turistas muito grande — acredita o presidente da Cdurp.
As obras já chamam atenção de quem passa pelo local:
— As pessoas nos abordam, curiosas, para saber do que se trata. Quando explicamos, o retorno é sempre muito positivo — explica Leonardo Ignácio, diretor da JL Construção e Montagens, responsável pela execução da obra.