Em sua edição desta sexta-feira (29), a revista Veja traz com exclusividade, a informação de que o empresário Jacob Barata Filho, conhecido no Rio de Janeiro como ‘rei do ônibus’, teria apresentado à procuradores da Lava-Jato, uma proposta de delação na qual diz que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB) recebeu R$ 5 milhões ilegalmente para bancar suas campanhas eleitorais.
A revista informa ainda, que Barata Filho detalhou cada um desses repasses ilegais e compromete-se a apresentar provas das entregas de dinheiro, caso a Justiça aceite o acordo.
Na eleição de 2016 por exemplo, Marcelo Crivella teria recebido 2 milhões de reais em caixa dois. A negociação, segundo a VEJA, foi feita em um café da manhã com Crivella num condomínio da Barra da Tijuca.
A suposta delação da conta que, o dinheiro foi entregue nas mãos de Mauro Macedo, tesoureiro da campanha de Crivella e primo de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Crivella é bispo licenciado.
O que diz Macelo Crivella
Procurado, Crivella disse, por meio de sua assessoria, que a sua relação com os empresários de ônibus tem sido de enfrentamento. Quanto às acusações de Barata Filho, afirmou que “não recebeu doações de empresários do setor de ônibus, que não fez uso de caixa dois e que todas as suas contas de campanhas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro”.
Barata Filho rebate
Em nota, Jacob Barata Filho afirma que as informações divulgadas pela revista VEJA, não correspondem a verdade. Confira a nota na íntegra:
“São mentirosas as informações publicadas a seu respeito. Acusações de corrupção contra o prefeito Marcelo Crivella e demais autoridades citadas na matéria jamais foram ditas por Jacob Barata Filho a qualquer autoridade pública. O empresário Jacob Barata Filho está sendo vítima de manipulação de informações com objetivos torpes.
Jacob Barata Filho nunca se reuniu com autoridades do Ministério Público para tratar de acordo de colaboração premiada. Todos os depoimentos prestados por Jacob Barata Filho são públicos e ocorreram na presença do Juízo da 7a VF/RJ.
A continuação dessa prática ilícita e subreptícia de utilização de mentiras com vistas a constranger abusivamente autoridades públicas não será mais tolerada e ensejará medidas judiciais.”