Amenos de dois meses do fim do contrato com a Assim para a oferta de planos de saúde aos servidores vinculados à Prefeitura do Rio, o Previ-Rio, fundo que gere os contratos, já considera a hipótese de estender o acordo temporário firmado com a operadora. Se depender das negociações atuais, a tendência é que seja incluído o sistema de coparticipação para determinados serviços.
O mecanismo funcionaria da seguinte forma: os servidores seguiriam com o desconto de 2% nos contracheques, além da hipótese de pagar o plano integral para seus dependentes. Ao se submeterem a consultas e exames, haveria a cobrança de uma taxa de participação. No caso de exames mais complexos, o plano continuaria bancando o atendimento de forma integral.
O objetivo, segundo integrantes do Previ-Rio, é diminuir a sinistralidade entre servidores e seus dependentes. A tendência é que essa prática seja adotada a partir do ano que vem.
Oficialmente, o Previ-Rio não confirma a desistência quanto à realização do credenciamento de operadoras de saúde para a oferta de planos a partir de dezembro deste ano. O contrato com a Assim se encerrará no dia 27 de novembro. O município poderá, porém, renovar com a operadora até 2020.
Orçamento de 2018 deve ser apresentado
Uma reunião extraordinária do Conselho de Administração do Previ-Rio deve acontecer nesta semana para apresentar o Orçamento de 2018. A preocupação de conselheiros é com o pagamento de benefícios.
Fazenda assume gasto sobre o desconto patronal
O Previ-Rio confirmou que, desde janeiro, a Secretaria municipal de Fazenda assumiu o gasto referente ao desconto de 3% sobre cada um dos planos firmados por servidores ativos, aposentados ou pensionistas do município. Segundo o fundo, um “erro histórico” foi corrigido. Desde 2003, o Previ-Rio alega que bancou o gasto da complementação patronal sobre os planos. Em 15 anos, essa despesa somou mais de R$ 1 bilhão, mesmo não sendo obrigação da instituição arcar com essa taxa. O Previ-Rio não informou o valor gasto atualmente em relação à taxa de 3%.
Nos bastidores, pessoas ligadas ao comando do Previ-Rio analisam a possibilidade de a administração dos planos de saúde passar para outro órgão da prefeitura. A justificativa é que o suporte clínico não consiste em benefício assistencial. Oficialmente, o Previ-Rio descartou essa hipótese.