A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o suposto uso de laranjas na prestação de contas de candidatos a deputado do PSL no RJ. A abertura do inquérito foi solicitada pelo promotor eleitoral Franklin Gouvêa, e foi acatada em decisão proferida no dia 24 de setembro pelo juiz Rudi Baldi Loewenkron, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro.
Os alvos da investigação são os deputados federais suplentes Raquel Niedermeyer (Raquel Stasiaki), Clébio Lopes Pereira “Jacaré“ e o deputado estadual Marcelo Ferreira Ribeiro (Marcelo do Seu Dino).
O PSL do estado está sob o comando de Flavio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro. Como presidente do partido, o senador é responsável pela distribuição do fundo eleitoral, mas não é investigado pela PF.
Só foi possível saber da decisão agora porque, até então, ela era sigilosa. Com a abertura deste inquérito na PF do RJ, agora são três investigações sobre supostas irregularidades do PSL referentes à campanha de 2018.
Segundo o promotor escreveu no pedido de abertura de investigação, “constata-se a existência de indícios de eventual prática do crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral” que trata de falsidade ideológica eleitoral e Caixa 2.
O artigo 350 trata de “omitir em documentos público ou particular declaração que dele devia constar ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa”.
O promotor ainda pediu que sejam colhidos depoimentos dos laranjas citados na reportagem, assim como dos parlamentares envolvidos. O juiz acatou os pedidos integralmente.