Podemos (PODE) oficializou, neste sábado (4), durante convenção estadual, que seu candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro será o senador Romário de Souza Faria. A convenção aconteceu em um em um clube na Tijuca, Zona Norte do Rio. O vice-candidato da chapa será o deputado federal Marcelo Delaroli (PR).
Romário garantiu que – se eleito – vai priorizar a segurança pública. Por isso, segundo ele, seu vice é um ex-policial militar.
“A pauta do país é segurança pública. Quando eu coloco como vice-governador o Marcelo Delaroli que está aqui do meu lado, que é um ex-policial vocês podem ter certeza que a gente vai ter uma ideia e um movimento específico e especial a esse segmento que é a segurança pública”, destacou o candidato.
Romário tem 52 anos e é ex-jogador de futebol. Em 2010, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi eleito deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro como o sexto candidato mais votado. Ele exerceu o mandato de 2011 a 2014 e, no fim do mesmo ano, foi eleito senador. Em junho de 2017, Romário deixou o PSB para se filiar ao Podemos, antigo PTN.
“Eu apoiei o Eduardo Paes, apoiei o Crivella, apoiei o Pezão. Queria agradecer a esses caras por terem me dado a oportunidade de ter apoiado eles e eles não terem feito nada daquilo que eu imaginava. Eles, hoje, são a inspiração para que eu seja candidato ao governo do Rio. Por eles não terem feito nada daquilo que se comprometeram comigo, eu cheguei à conclusão que eu vou fazer”, disse Romário.
Filho de Edevair de Souza Faria e Manuela Ladislau Faria, Romário morou na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, até os três anos de idade. Depois, mudou-se para Vila da Penha, também na Zona Norte da cidade.
O que disse o candidato
Durante o evento, o candidato se descreveu como não sendo o mais inteligente. Ele afirmou que não entende de economia, que não é especialista em educação e saúde, mas que terá os nomes certos para estar ao seu lado nas secretarias das respectivas áreas.
“Em relação à experiência não sou e nem quero ser, muito menos quero ter essa experiência que eles [outros candidatos] dizem que tem, porque muitos deles estão presos, outros estão para ser. Essa experiência deles não me serve”, disse Romário.
Para a Secretaria de Fazenda em seu governo, o candidato confirmou o nome de Guilherme Mercedes. Romário disse ainda que está em conversa com pessoas ligadas às áreas da saúde, educação e cultura.
Um dos objetivos de Romário na área da segurança pública, caso seja eleito, é continuar pedindo ajuda federal. Ele lembrou que votou a favor da intervenção federal no estado e que ela é “necessária”.
“Estive com o general Braga Netto há dois meses, gostei muito do que vi e das coisas que estão acontecendo no Rio. Vou continuar pedindo ajuda federal para a segurança pública do estado, até porque se não for assim a gente vai ter mais dificuldade”, disse.
Um possível nome para a Secretaria de Segurança, se for eleito, é o do general Augusto Heleno. “Vou ter uma conversa com o general Augusto Heleno semana que vem, em Brasília, para entender o pensamento dele, saber o que ele acha do Rio de Janeiro. Não foi feito ainda, mas poderia até fazer um convite para que ele fosse meu secretário de segurança”, explicou.
Sobre os outros candidatos que vai enfrentar ao longo da campanha nos próximos meses, Romário disse que quer fazer uma política transparente. “Eu vou enfrentar pesos las que conhecem o estado há muitos anos, pessoas que fizeram mal ao estado com sua política mesquinha. Independentemente do que eu penso deles, o que posso afirmar é que por mais difícil que seja a gente vai fazer uma política decente e transparente, que é o que está faltando no nosso estado e no nosso país”, disse o candidato.