Afaixa etária mais alta do Rock in Rio é, provavelmente, a deste sexto dia. O G1 encontrou com diversos fãs do The Who e Guns N’Roses, os dinossauros do rock. Todos quase ou já sessentões. Alguns estão pela primeira vez no festival e outros estão de volta depois de 32 anos. Em comum, o desejo de aproveitar a noite e relembrar a juventude.
Renato Sozzi, 54 anos, é de Curitiba e veio ao primeiro Rock in Rio em 85. O que o trouxe de tão longe? ” Estou aqui pelo The Who. Para mim, ao lado dos Stones, eles são os melhores e os que estão em atividade há mais tempo no mundo do rock”.

O The Who é o estreante da noite. E quem vem pela primeira vez também ao festival é Valdecir Correia, 61 anos, de Blumenau, Santa Catarina. Para ele, o show mais esperado da noite é o do Guns and Roses. ” É uma noite para curtir, para lembrar os tempos de garotão. Vim recordar, recordar”.
Ele trouxe a filha Candice Correia, 28 anos, também fã do Guns. Eduardo Cogo, 58 anos, também veio matar as saudades dos anos 80 e mostrar para o filho e um amigo, ambos adolecentes. ” Para mim são clássicos que marcaram minha época, minha adolescência. Nós [pais ]influenciamos os meninos que já ouvem coisa boa em casa e aprendem”.
Henrique Ribeiro, 74, Nilce, 59, e Joyce,33 vieram de Paciência, na Zona Oeste do Rio. Joyce já tinha vindo ao festival em 2001, trazida pelo pai, para ver o Guns. Agora, trouxe a mãe que é fã do The Who. “Sou antigona. Quero ver um bom show. São as músicas da minha juventude”, disse Nilce.

Neilvaldo Domingos, 56 anos, veio de Rezende , no interior de estado, para ver o Guns and Roses. O espírito dele não é só de alegria. O sentimento mistura uma certa melancolia.
“Ouvi falar que pode ser o último show do Guns no Brasil e fiz questão de vir. Já fui ali na grade do palco mundo e me emocionei e até chorei”, disse.

