Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou uma busca na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília, como parte de uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das “milícias digitais”. Durante a operação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, e outros cinco suspeitos foram presos. Jair Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas chegou a ter um depoimento agendado para a manhã desta quarta-feira, que decidiu não comparecer.
Segundo informações apuradas pela TV Globo, a fraude nos cartões de vacinação de Bolsonaro e sua filha de 12 anos ocorreu em dezembro de 2020, pouco antes de viajarem para os Estados Unidos. A investigação aponta que os dados do cartão de vacinação foram retirados do sistema em 27 do mesmo mês.
A busca na residência de Bolsonaro ocorreu no início da manhã, com os policiais chegando ao condomínio onde o ex-presidente mora desde que voltou ao Brasil, em março. Após a ação, Bolsonaro concedeu entrevista à imprensa e reafirmou que não se vacinou contra a Covid-19, além de negar a adulteração nos dados do cartão.
A Polícia Federal divulgou que foram emitidos certificados de vacinação contra a Covid-19 no nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo aplicativo ConecteSUS. Um dos documentos teria sido gerado um dia após a inserção de dados supostamente falsos no sistema. A informação foi obtida a partir do relatório da PF, que embasa a investigação sobre a suspeita de fraude em dados de vacinação de Bolsonaro, de sua filha de 12 anos e de assessores. De acordo com as investigações da PF, em 21 de dezembro do ano passado foram incluídas informações sobre a aplicação de duas doses da vacina da Pfizer contra Covid-19 no ex-presidente. Após o lançamento no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização.