O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes afirmou na tarde desta quarta-feira (29), em entrevista ao ‘Jornal O Globo’ que diante de todos os problemas ocorridos, não voltaria a construir a ciclovia Tim Maia.
Erguida em 2016, como parte do legado olímpico, a obra que custou R$ 44,7 milhões, teve pelo menos quatro trechos derrubados por problemas de ressaca do mar, afundamento de solo e deslizamento de terra.
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Em abril deste ano, ao conceder uma entrevista ao programa ‘Sem Meias Palavras’, o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (DEM), que foi secretário executivo de coordenação de governo de Paes, também comentou sobre a situação da ciclovia.
“A gente precisa reconhecer erros também da nossa administração. Eu acho que a decisão, da Ciclovia Tim Maia foi um erro, mas é preciso reconhecer que é uma decisão política baseada em todo um entendimento da engenharia, que era possível na Av. Niemeyer, com todos os seus problemas geológicos, marítimos, fosse possível construir uma ciclovia segura, o que não ficou provado ao longo do tempo”. – disse Pedro Paulo.
Em quanto o atual alcaide não define o que fará para resolver definitivamente os problemas da Ciclovia Tim Maia, o local continua sendo rota de pedestres e ciclistas da comunidade do Vidigal. Nesta quarta-feira, a pista da Niemeyer foi bastante usada, mas a ciclovia, cuja reforma já foi anunciada pelo prefeito Marcelo Crivella, também foi útil por quem desafia as condições do equipamento. Um trecho de aproximadamente 50 metros desabou com as chuvas de abril e o vão continua aberto, fechado apenas por tapumes instalados pela prefeitura.
Foi a quarta queda de um trecho da ciclovia desde a sua inauguração, em 2016. Naquele ano, ondas fortes derrubaram um trecho próximo ao condomínio Ladeira das Yucas matando duas pessoas. Na época, o ex-prefeito Eduardo Paes estava viajando em compromisso com as Olimpíadas de 2016. O então secretário, hoje deputado federal, Pedro Paulo foi o primeiro a chegar no local e prestar esclarecimentos sobre a tragédia.