No Brasil a mobilidade urbana virou uma pedra no caminho para o progresso. Por ano, o país perde mais de R$ 267 bilhões devido aos congestionamentos, sem contar a perda na qualidade de vida da população, que é imensurável.
A locomoção se tornou um desafio diário para qualquer cidadão de uma metrópole, e a capital do Rio de Janeiro, sendo a segunda maior cidade do país, sofre esse problema no seu dia a dia. No Brasil e no mundo seguiu-se uma receita que fracassou, já que durante grande parte dos anos 60 até os anos 90 o planejamento das cidades foi moldado para caber o veículo particular individual, que durante muito tempo foi traçado como a solução no transporte das grandes cidades. O custo foi alto: além dos danos ambientais causados pelo alto índice de emissão de CO² na atmosfera e o grande uso de matérias-primas para construção dos carros, as cidades se deformaram para priorizar o veículo particular. Quem nunca ouviu quando criança, de uma pessoa mais velha, para deixar o carro passar primeiro? Até na questão na educação de trânsito as prioridades foram invertidas, sempre dando a vez aos carros em detrimento do pedestre.
A situação mudou; apesar do fato de que desde 1988 a mobilidade urbana é um direito garantido a todo cidadão, somente dos últimos anos começamos a ver novos modelos de políticas públicas para conseguir mudar o jeito de se locomover. Hoje, as cidades precisam se reinventar para serem capazes de lidar com os problemas da mobilidade urbana.
Mas será que é possível? Quais as iniciativas públicas e privadas estão sendo tomadas? Quais os principais problemas na questão da mobilidade urbana na cidade do Rio de Janeiro?
Essas perguntas serão respondidas em uma série de matérias que sairão quinzenalmente aqui no Noticiário do Rio. Vamos abordar durante todo ano diversas questões sobre mobilidade, conversando com pessoas e instituições para entender a complexidade desse problema e mostrar quais são as ideias para colocar o Rio de Janeiro na vanguarda do progresso da mobilidade.