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Cláudio Castro inaugura obra com nome do vice removido da placa, em novo episódio do rompimento.

O atrito começou no início do ano, quando Pampolha migrou para o MDB e foi demitido da secretaria.

21/07/2024 às 01h22 Atualizada em 21/07/2024 às 01h35
Por: Redação
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O atrito entre o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e seu vice, Thiago Pampolha (MDB), teve mais um capítulo na inauguração de obras em Cardoso Moreira, no Norte Fluminense. Em uma placa da solenidade, o nome de Pampolha estava apagado, apesar de o espaço para a menção ao vice estar previsto. As imagens foram registradas no dia 5 de julho.

A tensão entre Castro e Pampolha começou no início do ano, após o vice migrar do União Brasil para o MDB, movimento que Castro desaprovou. Em março, o governador demitiu Pampolha da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, deixando-o sem função específica no governo. Desde então, ambos têm seguido caminhos políticos distintos e raramente se comunicam.

Inauguração de obra em Cardoso Moreira com placa com nome de Pampolha apagado — Foto: Reprodução
Inauguração de obra em Cardoso Moreira com placa com nome de Pampolha apagado — Foto: Reprodução

O ponto central da briga foi a transferência de Pampolha para o MDB. O vice decidiu sair do União Brasil após a sigla ser controlada no estado por Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, que tem grande influência sobre o Palácio Guanabara. Bacellar esteve presente na inauguração em Cardoso Moreira, onde foram anunciadas uma ponte, uma avenida e um ginásio. A prefeita local, Geane Vincler, também ligada a Bacellar, recentemente se filiou ao União Brasil.

O Palácio Guanabara afirmou que não há determinação para que o nome de Pampolha seja apagado das placas, e que em outras inaugurações recentes, o protocolo foi seguido normalmente. Pampolha lamentou o ocorrido, mas disse não estar surpreso: "É uma bobagem e já não me surpreende mais. Eu fui eleito e meu compromisso é com a população. Apesar das tentativas, isso não pode ser apagado."

Desde a ruptura, Castro e Pampolha despacham de partes separadas no Palácio Guanabara e quase não se encontram. Castro manteve seu gabinete em um prédio anexo, enquanto Pampolha trabalha na principal edificação do palácio.

O vice e Bacellar são possíveis adversários nas eleições de 2026, quando pretendem disputar a sucessão de Castro. Caso o governador saia para disputar outro cargo, Pampolha teria a máquina nas mãos para tentar a reeleição, apesar de não contar com o apoio de Castro. Inicialmente, Castro planejava uma vaga no Senado, mas tem sido aconselhado a concorrer para deputado federal. Outra possibilidade seria continuar no governo até o fim e buscar uma indicação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Em junho, durante uma viagem de Castro a Portugal, Pampolha exerceu o cargo de governador, mas enfrentou dificuldades para publicar um decreto no Diário Oficial, optando por anunciar a medida como um anúncio pago no jornal Extra. A Casa Civil alegou que o decreto estava sob análise da Procuradoria-Geral do Estado.

Histórico de Afastamento

  • Mudança de Partido: Pampolha informou a Castro sua intenção de se filiar ao MDB em janeiro. Castro pediu que aguardasse as eleições, mas Pampolha mudou de partido em fevereiro. A partir daí, Castro passou a ignorá-lo.
  • Crise da Chuva: Em janeiro, durante enchentes na Região Metropolitana do Rio, Castro gerenciou a crise dos Estados Unidos, enquanto Pampolha estava nas ruas com prefeitos, sentindo-se desprestigiado.
  • Demissão: Em março, Castro demitiu Pampolha da Secretaria de Ambiente e Sustentabilidade, sob a justificativa de que o MDB teria mais secretarias do que o previsto. Pampolha considerou a demissão uma "punição política".
  • Sem a Caneta: Em junho, no exercício do cargo de governador, Pampolha não conseguiu publicar um decreto no Diário Oficial e optou por anunciar a medida no jornal Extra. A Casa Civil afirmou que o decreto estava sob análise da Procuradoria-Geral do Estado.

Com informações do Jornal O Globo.

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