O secretário estadual de Segurança Pública, Victor Santos, afirma que os criminosos que conseguiram fugir da ocupação de 10 favelas da Zona Oeste do Rio já estão sendo monitorados. A declaração foi feita durante o terceiro dia da Operação Ordo.
Nesta quarta-feira (17), agentes atuaram nas comunidades da Covanca e Morro do Jordão, onde, de acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, os bandidos teriam migrado. Até o momento, 50 pessoas foram presas.
Na Cidade de Deus, a Secretaria Municipal de Ordem Pública realizou a demolição de trinta construções irregulares, entre bares e restaurantes. De acordo com a pasta, os comércios eram ilegais e pertenciam ao crime organizado que domina a região. No fim da manhã, houve tumulto e o ex-secretário municipal de Juventude do Rio acabou sendo agredido.
Pelas redes sociais, Salvino Oliveira afirmou que havia sido informado sobre confusão, mas ao chegar no local, segundo ele, a situação já estava fora de controle. Logo após o episodio, ele publicou um vídeo dizendo que tudo já estava calmo e que entende a revolta da população.
A Rua Edgard Werneck e as estradas do Gabinal e Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes chegaram a ficar indeterditadas por causa da confusão. Um ônibus foi apedrejado ao passar pela região e nove linhas tiveram o itinerário alterado.
Na favela do Jordão, a Polícia Civil fechou uma central de Internet e TV clandestina ((dominada pelo crime organizado e que funcionava dentro da associação de moradores da comunidade.)) No local, os agentes conduziram três pessoas para a delegacia.
O secretário de segurança pública, Victor Santos, voltou a afirmar que o modelo de operação vai se estender para outras regiões do estado, caso haja necessidade.
A Secretaria de Segurança Pública investiga se ocorreu o que o secretário chamou de "vazamento qualificado" da operação, quando os criminosos ficam sabendo com antecedência os alvos e os objetivos dos policiais.
A Operação Ordo conta com 2 mil agentes das polícias Civil e Militar, também do Programa Segurança Presente e agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública. Segundo a PM, todos os policiais envolvidos estão usando câmeras corporais.