Na última quarta-feira (3), o consórcio administrador do VLT Carioca, pediu à Justiça do Rio, a rescisão do contrato de concessão com a prefeitura do Rio de Janeiro. A motivação do pedido é inadimplência e o descumprimento do contrato por parte da da prefeitura do município do Rio.
Segundo o consórcio que faz a operação do VLT, a prefeitura não faz os repasses previsto em contrato desde maio de 2018, dívida que hoje ultrapassa os R$ 150 milhões.
Em março deste ano, o prefeito Marcelo Crivella em reunião, afirmou a um grupo de servidores municipais que o VLT carioca é uma “porcaria”. Na época, a fala do prefeito repercutiu negativamente na cidade. O presidente VLT, Márcio Hannas, chegou a rebateu as críticas de Marcelo Crivella, e disparou que e o prefeito fez “um discurso político”.
A Concessionária tenta negociar com a Prefeitura desde dezembro de 2018 pendências financeiras que impediam a circulação da linha 3, último trecho do sistema, que liga a Central do Brasil ao Santos Dumont. Sem chegar a um acerto, o VLT negociou com seus fornecedores e solicitou autorização da prefeitura para operar o trecho em 9 de maio. O pedido segue sem resposta, o que deixa claro o pouco-caso e a parcialidade do prefeito Marcelo Crivella, com esse modal que recebe elogio da maioria de seus usuários.
A Concessionária também se pronunciou lamentando que um investimento deste porte realizado na mobilidade urbana da cidade, vital para o desenvolvimento da região portuária e que conecta todos os modais da região central de forma sustentável, não seja valorizado.
Esse transporte que se tornou vital para o Centro do Rio e leva 80 mil passageiros diários, corre risco de ter as operações suspensas, e pelo que parece, o prefeito Crivella não está nem um pouco preocupado.
Ainda segundo a operação do modal, se Marcelo Crivella permitisse a inauguração da Linha 3, o VLT chegaria a marca de 150 mil passageiros transportados diariamente.