O Ministério Público do Rio pediu a condenação de Patrique Welber, ex-secretário estadual de Trabalho e Renda, por improbidade administrativa.
Segundo a investigação, a pasta, sob o seu comando, pagou milhões sem licitação para uma empresa que fornecia um serviço que já era oferecido de graça pelo Governo Federal.
De acordo com os promotores, houve prejuízo para os cofres públicos de mais de R$ 12 milhões. Para o órgão, a intenção de lesar o erário do estado ficou clara.
Quando era secretário de Trabalho e Renda do RJ, Patrique Welber escolheu uma empresa que tinha como objetivo encontrar um trabalho para quem estava desempregado.
A Bluetrix foi contratada por R$ 10,7 mil para criar o aplicativo Mais Trabalho.
Mas, segundo o MPRJ, a contratação foi feita sem licitação a pedido de Patrique, com o pretexto de que só a Bluetrix seria capaz de fazer o serviço.
Mas os técnicos do MPRJ concluíram que o serviço não tinha nada de singular, que poderia ser desenvolvido por outras empresas do mercado e que, por isso, a contratação pode ter proporcionado enriquecimento ilícito.
E de acordo com os promotores, já existe um aplicativo praticamente idêntico e gratuito, oferecido pelo Governo Federal: o Sine Fácil.
A contratação, de acordo com a investigação, não tem qualquer justificativa pelo valor tão exorbitante, já que a mesma empresa foi contratada no Mato Grosso do Sul para um serviço semelhante, mas por um preço muito menor: R$ 2 milhões — um quinto do valor pago pelo Estado do Rio.
O prejuízo, segundo o MPRJ, chega a mais de R$ 12 milhões. Isso porque a nova gestão da secretaria assinou um termo aditivo já em 2023.
O Ministério Público pede a condenação de Patrique Welber por improbidade administrativa e requer ainda o bloqueio de bens dele, da empresa e do dono da empresa para que o montante seja ressarcido aos cofres públicos.