Afalta de lixeiras nas ruas de São Cristóvão está contrariando moradores, que denunciam o descaso da prefeitura. André Diniz, residente na Rua General Almério de Moura, utilizou as redes sociais para buscar respostas da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Ele diz que o problema é permanente e agravado por vandalismo.
— Eventualmente, algumas lixeiras eram colocadas e muitas depredadas, mas há pelo menos seis meses não são repostas. Fiz a reclamação por me preocupar com a constante falta de cuidado com o bairro. Quis saber da própria Comlurb o motivo de haver um tratamento diferenciado entre nosso bairro e os outros — explica Diniz, que não obteve retorno.
Francisco Machado, que mora há 15 anos em São Cristóvão, diz que o problema persiste há mais tempo. Ele conta que já procurou a prefeitura para cobrar providências, porém nunca teve seu pedido atendido. A Rua Chantecler, onde mora, não tem varredura nem lixeiras, acrescenta. E o esgoto corre a céu aberto por lá:
— Já reclamei no 1746, e não adiantou. Ao verificar o protocolo no site municipal, o caso aparece como resolvido. Todo o entorno da minha rua é desprovido de lixeiras. Numa esquina, tem dois contêineres enormes que já não fecham mais de tanto lixo — desabafa Machado.
À espera de soluções desde o ano passado, Anderson Ferreira, que já morou em outras regiões da cidade, diz perceber diferenças:
— Noto que, dependendo do lugar, a limpeza e a conservação sempre são diferentes das de São Cristóvão. Já liguei ao menos três vezes para solicitar a instalação de novas lixeiras. Acabei desistindo.
Danielle Ribeiro, outra moradora do bairro, conta que diariamente faz um percurso de dois quilômetros entre a Quinta da Boa Vista e a Rua General Padilha e não encontra sequer uma lixeira no caminho.
— Falta ainda consciência às pessoas. Muitas jogam lixo no meio da rua, o que provoca problemas que vão além da limpeza — afirma Danielle.
A Comlurb informa que o bairro conta com 1.431 papeleiras e que aguarda nova licitação para a compra e a instalação dos recipientes que faltam. A companhia ressalta que há muitas perdas devido ao vandalismo e que cabe ao cidadão depositar o lixo no local adequado.
Quanto à reivindicação de Francisco Machado, a Comlurb assegura que os contêineres na Rua Chantecler são esvaziados diariamente.