O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 16, que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), comprovou que a saúde “funciona” na capital fluminense.
Segundo Bolsonaro, o prefeito relatou em reunião nesta quarta-feira, 15, no Palácio do Planalto, que a mídia diz que há problemas na saúde no Rio, mas que os atendimentos estão ativos.
“Ele diz que a Globo, por exemplo, o tempo todo diz que a saúde não funcionava no Rio. E ele comprovou que funcionava, com atendimentos. Ele fala isso para mim, entre outras coisas”, afirmou Bolsonaro.
Em outubro de 2019, funcionários de Clínicas da Família do município do Rio iniciaram uma greve, em protesto a falta de pagamento e de condições de trabalho, como publicou o Noticiário do Rio.
Cerca de 123 unidades de saúde funcionou com apenas 30% do efetivo. Com a paralisação dos médicos, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, foi priorizados apenas grupos específicos, como menores de um ano, grávidas e portadores de tuberculose.
Profissionais e usuários das unidades de Saúde da Família, de vários bairros do Rio de Janeiro, realizaram atos unificados contra a precarização das condições de trabalho e desmonte dos serviços.

De acordo com o sindicato dos médicos do Rio de Janeiro, as clinicas não tinham insumos para atender os pacientes, falta remédio nas farmácias, material de limpeza nas unidades, além da demissão em massa deixando os funcionários sobrecarregados.
À época, a Secretaria Municipal de Saúde, afirmou que trabalhava junto com a Secretaria Municipal de Fazenda para a regularização dos salários.
Além das Clinicas da Família, funcionários do Hospital Municipal Albert Schweitzer também reclamavam da falta de pagamento e de insumos na unidade. Um funcionário que teve a identidade preservada e a voz distorcida, falou à época que faltava até luva e seringa no hospital.
A resposta da Prefeitura foi a mesma: a pasta trabalha junto com a Secretaria Municipal de Fazenda para a regularização dos salários e benefícios.