O vereador Alexandre Arraes (PSDB) pediu à Justiça para suspender qualquer projeto para aterrar a estação do metrô da Gávea, cujo canteiro de obras está parado desde 2015. O plano de aterrá-la foi anunciado na semana passada pelo governador Wilson Witzel (PSC).
Arraes afirma que o plano foi criticado por especialistas e que a decisão iria “soterrar, literalmente, de forma irresponsável e, portanto, inadmissível, toda a dinheirama que foi investida na construção da Linha 4 do metrô”.
A ação popular está na 8ª Vara da Fazenda Pública para conclusão da juíza Alessandra Cristina Tufvesson Peixoto.
O autor da ação pede ainda que o assunto seja debatido pela sociedade e que sejam fornecidos os estudos da RioTrilhos e da PUC-Rio sobre a eventual necessidade de esvaziar o canteiro de obras, que está inundado.
Como o G1 mostrou na sexta-feira (6), o plano emergencial apresentado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) prevê que o aterramento dure até 18 meses.
A proposta surgiu em meio à preocupação de moradores com rachaduras que surgiram em locais próximos, e sob a alegação de que o estado não tem dinheiro para concluir a estação e integrá-la à rede.
Em nota, a Secretaria de Estado de Transportes esclareceu que a operação deve custar de R$ 20 milhões a R$ 40 milhões aos cofres públicos. A conclusão da obra é avaliada em R$ 1 bilhão.
Witzel chegou a sugerir também que o dinheiro recuperado pela Lava Jato do Rio seja utilizado na conclusão da obra. O plano foi apoiado por deputados da Assembleia Legislativa (Alerj).
Procuradores da Lava Jato, no entanto, disseram que Witzel tenta atribuir a responsabilidade da obra à força-tarefa. Em parecer, eles recomendaram que os valores devolvidos por delatores seja dividido entre estado e União, meio a meio.