A Guarda Municipal do Rio de Janeiro inaugurou na manhã desta sexta-feira, dia 31, as novas instalações do Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), no Aeroporto Internacional Tom Jobim, localizado em frente ao setor de desembarque internacional, no Portão C do Terminal 2. Dando lugar à antiga unidade que durante nove anos funcionou no Terminal 1, o espaço ganhou estrutura maior e nova identidade visual desenvolvida pela Prefeitura do Rio para oferecer melhorias e facilidades no acesso e no atendimento de brasileiros e estrangeiros.
Funcionando 24 horas por dia, o posto contará com atuação (em turnos) de oito guardas municipais capacitados para identificar e atender viajantes em situação de vulnerabilidade. Entre as missões, os agentes auxiliam desde brasileiros não admitidos ou deportados de outros países, a estrangeiros com problemas de entrada no Brasil. A equipe também identifica possíveis vítimas do tráfico de pessoas e de trabalho escravo, além de refugiados, providenciando acolhimento por meio de uma rede de assistência local. Em nove anos de funcionamento da unidade, a Guarda Municipal realizou aproximadamente 400 atendimentos.
– O novo posto beneficiará muitos migrantes ao facilitarmos o acesso e a identificação do serviço dentro do aeroporto, funcionando agora num ponto de grande movimento. A Guarda Municipal tem ampla experiência no atendimento humanizado a esse público. Todos os anos, participamos de seminários, palestras, encontros e campanhas contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo. São ações promovidas por diversos órgãos que integram a rede de assistência às vítimas que chegam aqui no Rio de Janeiro – afirma a comandante da Guarda Municipal, inspetora geral Tatiana Mendes
O Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM) foi implantado no dia 19 de novembro de 2010 no Aeroporto Internacional Tom Jobim, por meio de acordo de cooperação entre o Ministério da Justiça e a Prefeitura do Rio de Janeiro por intermédio da Guarda Municipal. O serviço conta com o apoio da Secretaria Estadual de Direitos Humanos do Rio de Janeiro (SEDSDH-RJ), Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo do Rio de Janeiro (COETRAE-RJ), Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT), Comitê de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Rio de Janeiro (CETP-RJ), Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), Concessionária RioGaleão e Polícia Federal.
– A ACNUR tem cooperado ativamente no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e aqui no Galeão, com atores locais, em especial, com a Guarda Municipal, por meio do posto avançado, além da Polícia Federal, a sociedade civil, através da Cáritas, o Governo do Estado, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, para tentar construir fluxos, em comunhão de esforços, para amparar pessoas que chegam aqui vindas de outros países e precisam de orientação e assistência – declarou a assistente sênior de Proteção do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR – Brasil), Sílvia Sander.