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Garotinho ataca adversários, mas tem passado sujo na política do RJ

Por Redação NR
02/08/2018 | 19:44
Em Sem Editoria
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O ex-governador Anthony Garotinho já confirmou que é pré-candidato ao Governo do Rio de Janeiro nas eleições deste ano pelo Partido Republicano Progressista (PRP). Anthony tem 58 anos, nasceu em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, onde já foi prefeito por dois mandatos. De 1999 à 2002, foi governador do Rio. Também já foi deputado federal.

Garotinho é conhecido principalmente por divulgar e denunciar ações de políticos em seu blog pessoal e também em suas redes sociais. Só em seu Facebook, Garotinho conta com cerca de 758 mil seguidores. Entretanto, o ex-governador não divulga em hipótese alguma seu passado nebuloso na política e nos cargos em que já exerceu.

O Noticiário do Rio, reuniu nesta matéria exclusiva, as principais polêmicas envolvendo o pré-candidato ao Governo do Rio, Anthony Garotinho. Veja à seguir:

Apoio a Sérgio Cabral

Em 29 de outubro de 2006, com apoio dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, foi eleito Sérgio Cabral, em segundo turno, governador do Rio de Janeiro pelo PMDB, em chapa com Pezão, com 5.129.064 votos (68% dos votos válidos em todo o Estado), derrotando Denise Frossard do PPS que obteve 32% dos votos válidos.

Na foto, os aliados Sérgio Cabral (à esq.), Rosinha e Anthony. (Foto: Michel Filho / Agência O Globo)

Governo sem progresso no combate ao crime organizado

Anthony Garotinho deixou o governo sem grande progresso no combate ao crime organizado, tendo a imagem afetada por acusações de conivência com a corrupção policial e pela prisão do chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins.

Secretário de Segurança e ingresso ao PMDB

Em abril de 2003, assumiu o cargo de secretário de Segurança do Rio de Janeiro. Em agosto do mesmo ano, Garotinho mudou novamente de partido, ingressando no PMDB do Rio de Janeiro.

Ao lado esquerdo de Garotinho, o Presidente da República Michel Temer. (Foto: Reprodução/Internet)

Presidente do PMDB-RJ

Em 2006, exerceu o cargo de secretário estadual de Governo do Rio de Janeiro e foi presidente do PMDB no estado.

Garotinho foi escolhido no dia 19 de março como candidato do PMDB à presidência da República por meio de uma consulta, aprovada pela Direção do Partido. Após uma decisão do TSE, optou por não se lançar candidato à Presidência e se aliar ao candidato a presidente, Lula.

(Foto: Marcos D’Paula / Agência Estado)

Inelegível

Em maio de 2010, Garotinho foi considerado inelegível por abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação social nas eleições de 2008.

O TRE-RJ também cassou o mandato de Rosinha Garotinho, prefeita da cidade de Campos dos Goytacazes, por abuso do poder econômico. O TRE entendeu que ela teria sido beneficiada por publicações e por programas favoráveis na rádio O Diário. A decisão tornou inelegíveis a prefeita, o ex-governador e mais três radialistas.

(Foto: Reprodução/ Internet)

Também em 28 de junho de 2010, o TRE-RJ manteve a decisão de deixar o casal inelegível até 2011, após julgar os embargos interpostos que buscavam modificar a decisão do colegiado do próprio tribunal. Dois dias depois, Garotinho desistiu de ser candidato ao governo do Rio De Janeiro e foi substituído por Fernando Peregrino.

Condenação criminal

Em 29 de maio de 2008, o ex-chefe de polícia de seu governo, o deputado Álvaro Lins, foi preso pela Polícia Federal em seu apartamento, tendo o MPF pedido o indiciamento de Garotinho por formação de quadrilha armada.

(Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia)

Em agosto de 2010, Garotinho foi condenado por formação de quadrilha, junto com o ex-deputado estadual Álvaro Lins. A Justiça Federal aplicou uma pena de dois anos e meio de prisão, convertidos em serviços à comunidade e suspensão de direitos políticos.

Federal aplicou uma pena de dois anos e meio de prisão, convertidos em serviços à comunidade e suspensão de direitos políticos.

Garotinho também foi acusado de recebimento de dinheiro impróprio para as suas campanhas, devido a isso, ele se declarou vítima de parte da imprensa (Veja e Globo e do próprio “governo Lula”), que, diz ele, não deram o mesmo espaço para a sua defesa como o que é dado para as denúncias.

Em protesto, Garotinho resolveu entrar em uma greve de fome, iniciada em 30 de abril, que durou apenas 11 dias. O processo contra Garotinho tramita ainda na justiça.

(Foto: Ricardo Leoni / Arquivo O Globo)

Prisões

2016

No dia 16 de novembro de 2016, Anthony Garotinho foi preso por agentes da Polícia Federal em seu apartamento, situado no bairro do Flamengo, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. A prisão, no âmbito da Operação Chequinho, a princípio era de caráter preventivo, ou seja, sem prazo para libertação. A prisão de Garotinho aconteceu um dia antes da prisão de outro ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, suspeito de receber propina a fim de fechar contratos públicos.

(Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo)

O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral, situada em Campos dos Goytacazes. Na sentença, Glaucenir relata que os crimes, supostamente cometidos por Garotinho, que exercia o cargo de Secretário Municipal de Governo na Prefeitura de Campos dos Goytacazes, e por outros denunciados consistiam em inscrições fraudulentas de campistas no programa Cheque Cidadão, que dava R$ 200 por mês a cada beneficiário. Em troca, os beneficiários prometiam que iriam votar, nas eleições de 2016, em candidatos operadores do esquema. De acordo com a Justiça, foram realizados cerca de 18 mil novos cadastros no programa Cheque Cidadão com fins eleitoreiros.

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), haveria uma “lista clandestina” de beneficiários. A lista, elaborada pela empresa Valecard, seria composta por 30.469 cadastrados em 25 de agosto de 2016, cerca de 17 mil pessoas a mais em relação à lista oficial da Prefeitura de Campos dos Goytacazes. A então prefeita do município, Rosinha Garotinho, afirmou que havia reduzido o número de cadastrados do programa em 2014 a fim de cortar gastos e que, após o ajuste das contas do município, fez o recadastramento dos beneficiários.

(Foto: Márcia Foletto / O Globo)

Após ser preso, Garotinho passou mal, tendo sido internado no Hospital Municipal Souza Aguiar. No dia 17, o juiz Glaucenir de Oliveira, o mesmo que expediu o mandado de prisão, determinou a transferência do político para uma unidade de saúde do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, alegando que ele estaria tendo regalias no hospital. Garotinho saiu do Souza Aguiar amparado por bombeiros do SAMU, mas recusou-se a entrar na ambulância ao levantar-se duas vezes da maca onde estava, sendo em seguida contido por profissionais de saúde e policiais militares. No dia seguinte, a ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deferiu liminar determinando a transferência de Anthony Garotinho para um hospital apto à realização dos exames indicados em seu relatório médico.

(Foto: Jornal O Globo)

Em 18 de novembro de 2016, Sidney Madruga, da Procuradoria Regional Eleitoral, encaminhou uma denúncia à PF afirmando que Garotinho e seu filho, Wladimir Matheus, teriam oferecido indiretamente propinas de até R$ 5 milhões ao juiz Glaucenir a fim de evitar a prisão de ambos, fato este que configuraria um caso explícito de corrupção. No dia 24 de novembro, por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu revogar o pedido de prisão de Garotinho, concedendo-o liberdade mas sob medidas cautelares e pagamento de fiança de R$ 88 mil.

2017

Em 13 de setembro de 2017, Anthony Garotinho foi novamente preso pela Polícia Federal, que cumpria um mandato de prisão domiciliar contra o ex-governador. Na ocasião, Garotinho apresentava seu programa diário de rádio, na Super Rádio Tupi.

Segundo o juiz que decretou a prisão, o grupo comandado por Garotinho estaria obstruindo as investigações da “Operação Chequinho” mediante ameaças a testemunhas e destruição de provas. Na mesma decisão, o juiz condenou Garotinho a 9 anos, 11 meses e 10 dias de prisão em regime fechado por suposta compra de votos nas eleições de 2016.

(Foto: Folhapress)

No dia 21 de setembro de 2017, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) comunicou à Polícia Federal que Garotinho poderia ter saído de casa e violado a prisão domiciliar. No mesmo dia, a SEAP informou que houve um problema técnico na tornozeleira eletrônica utilizada pelo radialista, ou seja, que a prisão não foi violada. A prisão de Garotinho, bem como o uso de tornozeleira e as medidas restritivas, foram revogadas dias depois após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tomada por quatro votos a dois.

Novembro, do mesmo ano

No dia 22 de novembro de 2017, Garotinho foi novamente preso em uma ação da Polícia Federal, no âmbito da Operação Caixa D’Água, que investiga crimes eleitorais. No mesmo dia, também foi decretada a prisão de sua esposa, Rosinha Garotinho, e do presidente do Partido da República (PR), Antonio Carlos Rodrigues. A ação apura os crimes de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais. Inicialmente, Garotinho foi levado para a unidade operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro situada no bairro do Humaitá, entretanto no mesmo dia ele foi transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, após determinação da Vara de Execuções Penais.

Rosinha Garotinho dividiu cela com Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral. (Foto: Reprodução / O Globo)

Segundo os investigadores, a JBS teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa sediada na cidade de Macaé para prestação de serviços na área de informática. Suspeita-se que tais serviços não foram efetivamente prestados e que o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria apenas para o repasse irregular de recursos, via caixa 2, para campanhas eleitorais de Anthony Garotinho e de sua mulher, Rosinha Garotinho. Segundo um dos delatores da JBS, Ricardo Saud, o montante sobre o contrato repassado a Garotinho seria de R$ 2,6 milhões. No entanto, a defesa do ex-governador alega que a doação da JBS, feita ao diretório do PR, foram declarada conforme determina a legislação eleitoral. A doação citada, consultável no site do TSE, foi feita no dia 21 de julho de 2014 em cheque, cujo valor é de R$ 3 milhões.

(Foto: Reprodução / O Globo)

Dois dias após sua prisão, Anthony Garotinho alegou ter sido agredido na Cadeia Pública José Frederico Marques com um porrete por alguém que teria invadido sua cela e que teriam apontado uma arma a ele. Na delegacia onde prestou seu primeiro depoimento, Garotinho estava com o dedo do pé machucado e o joelho ralado. Em outro depoimento, afirmou que havia recebido um bilhete com um aviso de que presidiários estariam tramando algo contra ele, sem revelar inicialmente o teor da mensagem. Dias depois, Garotinho publicou em seu blog pessoal a foto do suposto bilhete, entregue a ele por outro interno do presídio, afirmando que Sérgio Cabral teria ordenado a agressão. O caso está sendo investigado.

No dia seguinte, o ex-governador do Rio de Janeiro foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. No complexo, Garotinho anunciou, em carta enviada à direção do presídio, que iria iniciar um jejum por tempo indeterminado como forma de protesto pela sua detenção.

Garotinho havia recorrido ao mesmo ato em 2006, quando era denunciado por fraudes em sua pré-campanha para a eleição daquele ano, ocasião em que pretendia concorrer ao cargo de Presidente do Brasil.

Em 20 de dezembro de 2017, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, concedeu habeas corpus ao ex-governador, cujo pedido estava inicialmente sob responsabilidade do ministro Jorge Mussi. Segundo Gilmar, não existem fatos que comprovem a possibilidade de Garotinho atrapalhar a tramitação da ação penal. Garotinho foi liberado do presídio no dia seguinte.

Vídeo mostra Sérgio Côrtes colocando Garotinho em uma cadeira de rodas. (Foto: Reprodução/ TV Globo).

ATENÇÃO: As opiniões contidas nesta matéria são de responsabilidade do autor e não corresponde, obrigatoriamente, a linha editorial do Noticiário do Rio.

Tags: Álvaro LinsAnthony GarotinhoOperação ChequinhoRio de JaneiroRosinha GarotinhoSérgio Cabral
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