Circula pelas redes sociais um áudio em que uma mulher que diz ser casada com um biólogo da Fiocruz fala sobre a qualidade da água no Rio de Janeiro e dá uma série de orientações. Ela afirma que a Fiocruz tem escondido informações da população e fala de perigos na água como “uma composição mais forte que um vírus colocada para matá-lo e que pode causar parada cardíaca em crianças“. FAKE
Em nota, a Fiocruz diz que até o momento não realizou qualquer análise de amostra da água. Portanto, a parte da mensagem que diz que a instituição foi “proibida de falar sobre o risco da água” não faz o menor sentido.
A mensagem tem características típicasde mensagens falsas: as pessoas que falam no áudio não se apresentam de forma que possam ser identificadas. E o conteúdo é alarmista e fortemente marcado por erros de concordância.
A presidência da Fiocruz reforça que nenhum funcionário corrobora o que foi dito no áudio e que ele não procede.
Além disso, a médica Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, diz que as afirmações contidas na mensagem são totalmente falsas.
A mensagem diz, por exemplo, que “a água de filtro não funciona e que o vírus passa“. A médica refuta essa afirmação. “Que vírus? Você começa a ver que isso é tudo bobagem. Inventam, botam um vírus no meio. Que vírus? É uma coisa que não tem em lugar nenhum escrito. Não tem vírus coisa nenhuma.”
Um outro trecho diz: “Tem que ferver a água. Vai escovar o dente? Escova com a água fervida. Tomar banho, põe algodão nos ouvidos“. Para a médica, tudo não passa de “besteira“. “Não tem cabimento. Nem quando você mergulha em água poluída você precisa botar algodão nos ouvidos.”