O ex-vereador Jairo de Souza Santos Junior, o Jairinho, perdeu o registro de médico. A decisão do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) foi unânime e proferida na tarde desta quarta-feira (15), na sede do Conselho. A defesa do ex-vereador disse que vai recorrer
“A cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com o Código de Processo Ético-Profissional. Com isso, Jairo de Souza Santos Junior fica totalmente impedido de exercer a medicina do Brasil”, diz a nota do Cremerj.
A reunião aconteceu por volta das 15h e contou com a participação remota de Jairinho, do advogado dele e de Leniel Borel, pai do menino Henry Borel. Jairinho é réu no processo que investiga a morte do enteado. A mãe da criança, Monique Medeiros, também responde pelo crime.
O registro médico já estava suspenso desde junho. A sindicância foi aberta logo depois da morte do menino.
Na decisão, foi levada em conta a imperícia e omissão de Jairinho. Segundo os conselheiros, ele não prestou o primeiro socorro ao menino, já que era médico, além de outras condutas consideradas antiéticas, como a tentativa de fraudar o laudo médico.
Henry foi morto no apartamento onde morava com a mãe e o então padrasto em um apartamento na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no dia 8 de março de 2021, em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente, segundo laudo da necropsia do Instituto Médico Legal (IML). Exames apontaram ainda 23 lesões no corpo do menino.
O pai de Henry, Leniel Borel, afirmou que a decisão do CRM foi “exemplar, justa, muito bem fundamentada e em prol da sociedade”:
“A cassação do CRM do Jairo, a interdição cautelar total e a perda da possibilidade de exercer medicina talvez seja uma das maiores penas deste monstro cruel até agora”, disse Leniel.