O prefeito do Rio de Janeiro acredita que com a chegada de cerca de 320 respiradores entre domingo (10) e segunda-feira (11), leitos que estavam desocupados na rede municipal já poderão começar a ser usados. Segundo Marcelo Crivella, com a entrega do material, comprado da China no ano passado, a tendência é que a curva de internações e mortes ocasionadas pelo coronavírus seja reduzida na capital.
Com 92% dos leitos de UTI ocupados, a cidade do Rio chegou nesta terça-feira (5) a marca de 7.832 casos confirmados da doença, com 713 mortes. Marcelo Crivella voltou a fazer um apelo a população para que respeite as medidas de prevenção na semana que ele considerada como decisiva no combate a pandemia. O prefeito também foi questionado sobre a instalação de um tomográfo no terreno da Igreja Universal, na Rocinha, Zona Sul da cidade. De acordo com Crivella, a ação, informada em primeira mão pela BandNews FM, é estratégica.
A capital lidera a estatística de casos de coronavírus, seguida de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com 502 pessoas infectadas e 84 óbitos. Em todo estado, são 12.391 diagnósticos positivos e 1.123 mortes. A vítima mais jovem foi registrada na última sexta-feira (1º): uma menina de 9 anos moradora de Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. Não há ainda informações de comorbidades.
Na rede municipal de saúde, 283 pacientes, de unidades federais, estaduais e municipais, aguardando transferência. Em hospitais estaduais, a taxa de ocupação, segundo o Governo do Rio, é de 84%. Com exceção do Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, e do Hospital de Campanha Lagoa-Barra, no Leblon, na Zona Sul da capital, não há mais vagas disponíveis em outras unidades.
A situação é acompanhada pela Defensoria Pública do Rio, como explica a subcoordenadora de saúde e tutela coletiva do órgão, Alessandra Nascimento.
E na rede privada o panorama não é diferente. Segundo estimativa do Conselho Nacional de Saúde, 90% dos leitos de CTI em unidades particulares do Rio já estão ocupados.