Na última segunda-feira (15), o deputado federal Pedro Paulo Carvalho (DEM) foi entrevistado na Rádio Bandeirantes AM, no quadro ‘Sem Meias Palavras’, apresentando pelo deputado estadual e jornalista, Átila Nunes.
O assunto principal abordado na entrevista foi a Reforma da Previdência, que segundo Pedro Paulo, sem a aprovação da reforma, “o Brasil quebra”. Ainda segundo ele, é uma tarefa difícil defender a reforma, já que para tal, envolve temas complexos.
“É difícil defender a reforma, porque a reforma você tem que falar um pouquinho de economia, você tem que falar sobre ajuste fiscal, você tem que no limite falar de conta atuarial, são temas complexos”. – Afirma o deputado. Veja a entrevista completa abaixo.
Voltando ao Rio
Saindo de Brasília e voltando para o Rio de Janeiro, o apresentador Átila Nunes relembrou do tempo em que Pedro Paulo foi secretário executivo de coordenação de governo, do ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes.
“Pedro Paulo, você foi o que o Messina é para o Crivella, era o Primeiro Ministro, não sei se você fica zangado de falar isso, mas era o Primeiro Ministro do governo Eduardo Paes”. – Indagou Nunes.
Logo em seguida, o apresentador perguntou ao deputado Pedro Paulo o que ele faria se fosse prefeito do Rio, hoje, em relação à Ciclovia Tim Maia, já que foi um dos candidatos em 2016, quando Marcelo Crivella foi eleito prefeito do Rio, derrotando Freixo no segundo turno.
Pedro Paulo foi franco: “Olha Átila, essa pergunta é realmente muito boa, é bom lembrar, na primeira vez que houve aquele episódio da Ciclovia, Eduardo viajando, estava lá num compromisso com as Olimpíadas, eu estava lá no Rocha Faria tinha caído um teto também no hospital, saindo de lá, eu fui pra São Conrado, fui o primeiro a dá entrevista naquele momento tenso, perda de vidas e tal, mais eu acho que assim, a Ciclovia Tim Maia, a gente precisa reconhecer erros também da nossa administração, eu acho que a decisão, da Ciclovia Tim Maia foi um erro, mas é preciso a gente reconhecer que é uma decisão política baseada em todo um entendimento da engenharia que era possível na Avenida Niemeyer, com todos os seus problemas geológicos, marítimos, fosse possível construir uma ciclovia segura, o que não ficou provado ao longo do tempo, porque essa sequência de episódios que teve na Niemeyer provou que ela, primeiro, a solução de engenharia não foi adequada e segundo, é possível alguma solução de engenharia para uma área tão delicada você ter uma Ciclovia? Então eu acredito que, eu acho que é uma resposta muito mais de engenheiros, mas eu acho que hoje, é muito difícil você retomar aquele ciclovia, eu acho que ela criou uma ferida tão grande no Carioca, uma insegurança tão grande que mesmo que se corrija, mesmo que se fale que ali agora tá seguro, eu acho que não há nem mais confiança de que é possível corrigir”. – explicou Pedro Paulo, completando que não acredita numa solução para Ciclovia Tim Maia.
Átila Nunes também aproveitou para perguntar se ‘seria uma verdade’, sobre as acusações que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella faz até hoje ao ex-prefeito Eduardo Paes de uma suposta ‘herança maldita’ deixada pela gestão anterior, para Crivella.
Sem meias palavras, fazendo jus ao nome do quando, o ex-secretário respondeu: “Primeiro, já tá na hora do Crivella parar de olhar pra traz né? Terceiro ano do governo dele e ainda fica com essa conversa, ‘não mas eu recebi.. esse blá, blá, blá’, eu acho que nem mais a cidade acredita nessa história porque, você quer que o governo olhe pra frente, tome suas iniciativas, mas enfim, em relação a essa questão da dívida, é importante dizer os seguinte, como é que você olha a dívida que você tem, é pela tua capacidade de pagamento, não pelo número absoluto, é eu ganhei ‘x’ por mês, eu quero fazer um investimento, eu posso me endividar até o valor ‘y’ para poder fazer face, aquilo realizar o investimento e poder pagar, a cidade do Rio, ela olhando por esse expecto, ela reduziu o endividamento, mesmo com as Olimpíadas, com Copa do Mundo, com Jornal Mundial da Juventude, com todo aquele calendário incrível que nós tivemos de eventos na cidade, todo o volume de investimentos que nós fizemos na cidade, a cidade reduziu o endividamento. Então assim, esse endividamento classe sobre corrente recita liquida, foi o que reduziu, aliás, como nos recebemos da administração anterior, nós entregamos ao Crivella com esse endividamento proporcional menor do que o recebido, é só uma conversa que nem cabe mais, para uma cidade perdeu, que não tem nenhuma capacidade de investir, o Crivella aumentou o imposto da população, botou contribuição previdenciária de inativo, dobrou o IPTU na maior parte da cidade e gasta de forma absolutamente ineficaz, equivocada, parou o investimento. – Afirmou Pedro Paulo.
[bs-quote quote=”O Crivella é a pessoa errada, no local errado, na hora errada.” style=”style-10″ align=”left” author_name=”Pedro Paulo – DEM” author_job=”Deputado Federal” author_avatar=”https://noticiariodorio.com.br/wp-content/uploads/2019/04/6060pp.jpg”][/bs-quote]
Átila Nunes perguntou ainda a opinião de Pedro Paulo, que conhece muito bem a máquina municipal, numa análise bem racional e imparcial, o porquê de Crivella ter se tornado ‘um grande fracasso’.
“O Crivella é a pessoa errada, no local errado, na hora errada. O Crivella não tem qualquer qualidade, na minha opinião, para liderar essa cidade. Ele não inspira, ele trabalha pouco, ele não tem equipe preparada, a visão dele, a alma dele, ela não é uma alma com espírito carioca, ele não tem nenhuma capacidade, na minha opinião, de ser prefeito do Rio, e o resultado tá ai, a cidade gasta mal, cobra mais do cidadão e gasta de maneira equivocada, não tem qualquer tipo de capacidade de manter, pelo menos o sistema de Saúde pública de forma adequada. Você conheceu bem as Clínicas da Família, destruiu o modelo de Clínicas da Família. Na Educação, não tá tendo nem redução do volume de investimento, porque mantem os 25% obrigatório na Educação, nem isso, tá reduzindo a Educação, e tá reduzindo as escolas de tempo integral, pararam os investimentos nas Escolas do Amanhã, já tá querendo fazer contratação de professores de ensino infantil com metade do salário, ou seja, tá destruindo, não consegue fazer o básico, com aquilo que recebeu, pelo menos manter, eu não estou nem falando em volume de investimento novo, que ai falta pra eles, inventividade, criatividade, falta confiança do mercado privado, por exemplo, pra fazer uma concessão. – afirmou o deputado federal Pedro Paulo.
ASSISTA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA: