Seguindo os passos do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani, o deputado estadual Edson Albertassi, também do PMDB, comunicou por meio de sua assessoria de imprensa, neste domingo (19), que também irá se licenciar do cargo. O deputado, segundo o texto, quer se concentrar em sua defesa após a Operação “Cadeia Velha”.
Albertassi está sendo investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal por suposto envolvimento num esquema criminoso ligado à cúpula da Alerj. Ao parlamentar, os órgãos federais atribuíram pagamentos mensais por meio de empresas ligadas à família dele. Os crimes seriam de recebimento de propina e lavagem de dinheiro.
De acordo com o texto divulgado nesta tarde, o parlamentar irá se licenciar na terça-feira (21) para “cuidar de sua defesa”. A licença, informa a nota, não será remunerada e “inicialmente, será até o fim do recesso parlamentar de janeiro”. Veja mais abaixo a íntegra do comunicado de Albertassi.
É dito também que Albertassi, também na terça, “vai protocolar ofício se desligando de todas as comissões permanentes que participa”. Atualmente, o deputado preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e é líder do governo na Casa.
Sobre a posição de líder, Albertassi informou que “enviará ofício ao governador, comunicando seu desligamento da Liderança do Governo”. “O deputado Edson Albertassi confia na Justiça e estará sempre à disposição para esclarecer os fatos”, ressalta o texto do parlamentar.
Além de Albertassi e Picciani, o outro deputado do PMDB implicado na Operação “Cadeia Velha” é Paulo Melo. Por enquanto, o parlamentar não definiu se também se afastará do cargo e está se reunindo com advogados. A previsão é que ele faça o anúncio na terça-feira (21).
Na última semana, após deflagrada a “Cadeia Velha”, foi levantada a suspeita de que Albertassi tivesse sido indicado a cargo no Tribunal de Contas do estado como uma forma de tirar a competência da operação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Albertassi, que havia sido indicado ao cargo de conselheiro pelo governador Luiz Fernando Pezão, desisitu da oferta, embora só faltasse a ele a chancela do plenário da Alerj. Na época, deputados comentavam que o líder do governo estava “de malas prontas” para o TCE.
Picciani se licencia
Também neste domingo, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, anunciou que iria se licenciar com o mesmo objetivo que o de Albertassi: cuidar da defesa. Outras preocupações do cacique do PMDB são a prisão do filho, Felipe Picciani, que está na Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte, e “a sobrevivência da empresa de 33 anos da família”.
Segundo o texto de Picciani, a conta que teve bloqueada pela Justiça também é motivo de preocupação porque há “gastos fixos como salário de funcionários, impostos, veterinários e alimentação dos animais”. O deputado pretende retornar ao cargo somente em fevereiro, após o recesso do Legislativo.
Leia a íntegra da nota de Albertassi:
“O deputado Edson Albertassi vai se licenciar, na terça-feira (21), de suas atividades parlamentares, para cuidar de sua defesa. A licença, sem remuneração, inicialmente será até o fim do recesso parlamentar de janeiro.
Albertassi, também na terça-feira, vai protocolar ofício se desligando de todas as comissões permanentes que participa. Ainda na terça-feira, Albertassi enviará ofício ao governador, comunicando seu desligamento da Liderança do Governo.
