É ano eleitoral, e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) está ‘arrumando a casa’ para viabilizar as propagandas de seu governo – que é péssimo, por sinal.
Como informou ontem a jornalista Berenice Seara em sua coluna, Crivella editou o decreto 47.108/2020, abrindo crédito suplementar de R$ 180,2 milhões.
Mesmo com hospitais e clínicas da família entrando em colapso quase que frequentemente em sua gestão, o orçamento da publicidade foi premiado com o acréscimo de R$ 32,7 milhões.
Outros R$ 123 milhões foram para “encargos gerais do município” – que ninguém sabe do que se trata especificamente.
Cerca de R$ 12,3 milhões, o prefeito deixou deixou a disposição em sua reserva de contingência.
De onde saiu o dinheiro?
A vereadora Teresa Bergher (PSDB), ferrenha fiscal dos gastos do município, ficou de queixo caído ao ver de onde saiu o dinheiro.
A Infraestrutura viu sumir R$ 45,9 milhões. As maiores perdas foram nas ações de manutenção da drenagem (R$ 8,2 milhões) e conservação de logradouros (R$ 29,2 milhões).
Já a Educação dançou em R$ 26,5 milhões; a Fazenda perdeu R$ 19,7 milhões.
Crivella tirou também, cerca de R$ 19 milhões da Assistência Social — sendo que R$ 14,9 milhões foram retirados dos abrigos da cidade. O curioso é que, enquanto tira dinheiro da área social, e de diversas outras pastas importantes para direcionar recursos à Publicidade, Crivella promete fazer show em prol da população de rua – show beneficente misterioso que ninguém sabe onde está sendo vendido os ingressos.