Clínicas da Família das zonas Norte e Sul do Rio estão com atendimento médico comprometido. Com a mudança de gestão das unidades de atenção básica do município, a maioria dos médicos não quis manter o contrato de trabalho, alegando perda salarial.
Na semana passada, a Rio Saúde, empresa pública da Prefeitura do Rio, assumiu a administração das unidades, o que já havia sido feito há dois meses nas Clínicas da Família da Zona Oeste. Os médicos, em assembleia, decidiram não assinar o contrato porque os salários foram reduzidos na troca da gestão.
Em busca de atendimento médio, muitos pacientes madrugaram na fila nesta quinta-feira.
“Eu vim na quinta passada para saber da consulta, que estava marcada há uns 3 meses, e mandaram que viesse hoje. Eu cheguei aqui cinco horas da manhã, e estava cheio de gente. Eu ainda não sei se vou ser atendida, infelizmente”, disse a aposentada Olga Barreto, que aguardava na porta da Clínica da Família Souza Marques, no Campinho, Zona Norte.
Crivella pede ‘paciência’ à população
Nesta manhã, durante inauguração de um aparelho de ressonância magnética no Hospital Miguel Couto, o prefeito Marcelo Crivella voltou a pedir paciência para a população que depende da rede pública de saúde.
“Estamos em um momento de transição, então a gente tem que ter um pouquinho de paciência agora, não é? É um momento em que nós estamos fazendo os concursos, dando posse às pessoas, reorganizando as equipes. Mas, logo logo, daqui a um mês no máximo, nós vamos estar com toda a atenção básica trabalhando de maneira muito melhor”, declarou o prefeito.
Essa não foi a primeira vez que a prefeitura pediu paciência à população por problemas na saúde. Foi assim também durante a crise nos hospitais Albert Schweitzer e Pedro Segundo.