O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou na manhã desta terça-feira (31) a retomada das obras do BRT Transbrasil. O corredor deve ligar a Central do Brasil, na região central da capital fluminense, a Deodoro, na Zona Oeste. Durante o evento, ele lembrou que a obra contará com o apoio da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades.
“Esperamos que nos próximos 12 meses, ou até um pouco antes, possamos concluí-la. É uma obra que vai trazer enormes benefícios à mobilidade da nossa cidade”, destacou o prefeito.
Segundo Crivella, mais de 2,5 mil operários trabalharão nesta fase. Ele lembrou que faltou verba para a conclusão, principalmente, do trecho entre a Central e o Caju.
Prevista para custar R$ 1,3 bilhão, a obra ainda deverá gastar até R$ 300 milhões. A expectativa é que os trabalhos levem mais um ano, após uma paralisação de oito meses, de acordo com o prefeito.
“Essa obra teve erro de orçamento, ou será apurada se teve erro de sobrepreço, de superfaturamento. Todos lamentam que o secretário de Obras do governo anterior estivesse preso”, explicou o prefeito.
Crivella se referiu a Alexandre Pinto, ex-secretário de Transportes da gestão de seu antecessor, Eduardo Paes, que estava detido e teve prisão domiciliar determinada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal.
Ambulante Legal
Durante o evento, o prefeito reconheceu o aumento no número de camelôs na cidade. “Temos no Rio de Janeiro um índice de desemprego altíssimo, as calçadas estão sendo ocupadas, os calçadões, mas é preciso entender que as pessoas estão procurando atividades para sobreviver de maneira honesta”, destacou Crivella.
Ele afirmou ainda que uma reunião definirá os parâmetros do programa Ambulante Legal, que detalhará as regras para a presença dos camelôs. As normas devem ser publicadas na próxima quarta-feira (1º) no Diário Oficial do Município do Rio, de acordo com Crivella.
“Eles serão todos regularizados, os que têm a licença ou poderão ser licenciados. Terão um QR Code para serem identificados e, sobretudo, a mercadoria será fiscalizada rigorosamente. Queremos evitar que as ruas do Rio de Janeiro acabem sendo um ponto de venda para mercadoria roubada”, explicou o prefeito.