O governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não quer que o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) concorra às eleições municipais do ano que vem. Witzel esta convicto que a possível candidatura de Paes é uma ameça aos seus interesses, já que pretende lançar e eleger um prefeito aliado.
Como divulgou a coluna ‘Informe do Dia‘ neste domingo de Páscoa, o governador tem um personagem para ajudar nesta missão: o juiz federal Marcelo Bretas, que mandou para a cadeia a cúpula do MDB.
Ainda segundo a coluna, há expectativa sobre os próximos passos da Lava Jato, operação contra a corrupção capitaneada por Bretas, amigo do governador Wilson Witzel. O temor é o possível uso político da relação porque a imagem do magistrado, que é boa até o momento, poderia sair arranhada – perdendo sua credibilidade e imparcialidade.

Nomeação da irmã de Bretas
Marcilene Cristina Bretas Santana, irmã do juiz Marcelo Bretas, acabou de ganhar um cargo no governo de Wilson Witzel. Ela foi nomeada como assessora da Controladoria Geral do Estado.
A informação foi divulgada pelo jornalista Ruben Berta em seu blog e confirmada pelo Noticiário do Rio. Ainda segundo a informação, a contratação foi assinada por meio de José Luís Zamith, secretário da Casa Civil e de Governança, que ocorreu na última quinta-feira, mas já vale desde o dia 5 de abril.
Pra quem tem memória curta…
Coincidência ou não, no ano passado, faltando quatro dias para as eleições – em primeiro turno, na qual Eduardo Paes era então, candidato ao Governo do Rio de Janeiro, o juiz federal Marcelo Bretas resolveu ouvir pela quarta vez o ex-secretário de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro Alexandre Pinto.
Alexandre Pinto naquela ocasião, às vésperas das eleições – após três depoimentos isentando Paes de qualquer responsabilidade, resolveu, curiosamente, acusar o ex-prefeito e então candidato à governador de ter participado de esquemas de desvios de recursos em grandes obras realizadas no Rio, confrontando os seus próprios depoimentos anteriores.