O presidente da Cedae afirma que na semana que vem a água que sai da Estação de Tratamento do Guandu não vai ter mais a presença da geosmina, substância orgânica produzida por algas que teria causado alterações na coloração, odor e gosto da água. No entanto, Hélio Cabral diz que a companhia não consegue dar um prazo para que a água saia limpa da torneira na casa dos consumidores.
Após 13 dias de relatos de problemas na qualidade da água fornecida pela Cedae, o presidente pediu desculpas à população e voltou a afirmar que a presença de geosmina não faz mal à saúde.
Hélio Cabral disse ainda que tem consumido a água da Cedae, porém, ao ser questionado pela reportagem se beberia a água que tem chegado com turbidez na casa das pessoas, ele se esquivou e não respondeu
Sobre a turbidez da água, o gerente de controle de qualidade da companhia, Sergio Marques, afirmou que o nível está de acordo com o padrão exigido pelo Ministério da Saúde, e o presidente da Cedae completou afirmando que a sujeira que sai nas torneiras pode ter relação com “algum bicho morto no cano” ou mesmo sujeira na caixa d’água.
O equipamento para utilização do carvão ativado no tratamento da água deve sair de São Paulo em direção ao Rio de Janeiro nesta quinta-feira (16), e na semana que vem começa a ser usado para filtrar a água. Apesar dos altos preços investidos na limpeza da água, o valor da conta dos consumidores não deve sofrer alteração.
Durante a primeira coletiva de imprensa concedida, Hélio Cabral justificou ainda as demissões de funcionários da companhia. De acordo com ele, os salários estavam acima do normal, já que alguns trabalhadores recebiam mais de R$ 50 mil para exercer cargos que normalmente tinham salário de R$ 4 mil. No entanto, ele disse que as demissões não têm relação com a alteração na qualidade da água. Sobre a exoneração do chefe da estação de tratamento do Guandu, Júlio César Antunes, o presidente afirmou que ele só foi afastado do cargo e continua na equipe.