Éo amor e ódio eclodindo nas quatro linhas. Ego, usando palavras comuns, é a personalidade de uma pessoa. Se existisse uma máquina chamada Egômetro, para medir a dimensão do estrelismo, certamente estes dois meninos ganhariam a nota máxima.
Bombasticamente, a notícia é que estes superstars, estes artistas da bola estão fintando, encantando e enfeitiçando com seus dribles mágicos os gramados europeus entre tapas e beijos. Tais celebs vivem do brilho dos holofotes, dos aplausos demorados e da conta no banco recheadíssima de euros.
Serão estes, também, artistas de teatro futebolístico? Eles lutam contra si (ego) lutam contra os adversários em campo (jogo) e lutam entre si (gladiadores viciados em popularidade)
Dengosos & Furiosos
Neymar é o bestinha, apoiado pelo pai, Neymarzão. Com um saldo estufado por muita grana, ganha 1 salário mínimo a cada 4 minutos e 23 segundos. Ele pode muito, você concorda?
Já Cavani, com seus 1 metro e 84 centímetros, é o bestão do PSG parisiense, é bem mais “modesto”, abocanhando um salário de R$ 2,8 milhões por mês. Quem pode lutar contra estes dois titãs?
Cada um já tem seu lugar ao sol, ao sol de Paris, monumental Cidade Luz francesa. Mas eles querem mais, muito mais!
Pela TV, o mundo se espanta e ri
Entre sopapos e empurrões, tais como menininhos fazendo beiço, um tira a bola do outro ao vivo pela televisão, fazendo aquela birra que só aos super astros é permitida.
E o mundo gargalha, o mundo bate palmas, o mundo quer ver o circo pegar fogo. E as manchetes explodem, com fotos e vídeos desta papagaiada monumental.
Conhece aquele tempo do garotinho que era o dono da bola? Se ele próprio não chutasse o pênalti, o menino pegava a pelota e saía com ela debaixo do braço. Ia para casa e acabava o jogo. Fim! Ele era o dono do jogo, ele era o craque do time, ele tinha o uniforme mais colorido e bonitão e ele tinha chuteira dourada Nike modelo top-mega-ultra-power. Normalmente, este pequeno garotinho se chamava Neymar da Silva Santos Júnior ou então Edinson Roberto Cavani Gómez.
Quem pode frear os egos destes dois peraltas?
Em campo, brilham e brigam; fora dele, se esbaldam e usufruem das fortunas acumuladas. Afinal, rico ri a toa.
Brecar Neymar e Cavani dentro do campo pode ser fácil. Mas quem vai parar a briga hercúlea entre os egos destes astros do Paris Saint Germain?
Talvez a reposta esteja fora das quatro linhas; já está na mão de um homem: o poderoso árabe Nasser Al-Khelaïfi, que em 2011 tornou o PSG um dos clubes mais ricos da Europa.
Chineladas finais ou esquentando as bundinhas
Minha mãe lá no Alegrete (RS) era fã incondicional do chinelo. E no meu bumbum. Quem sabe poderíamos chamar as progenitoras destes astros parisienses e dar uma esquentadinha nas suas musculosas nádegas para que tomem juízo, façam menos boquinha de nenê e vão jogar bola.
Afinal, são pagos para isso. E só para isso.
* JORGE AUGUSTO PAIM é jornalista gaúcho, radialista, cronista e profissional de Marketing.