A Polícia Civil acredita que até o fim desta semana termine a fase de tomada de depoimentos no inquérito que apura uma eventual sabotagem na estação de tratamento de água do Guandu, na Baixada Fluminense.
Nesta terça-feira (21), o presidente da empresa, Hélio Cabral, o ex-diretor de saneamento Marcos Chimelli e uma terceira pessoa não identificada prestam depoimento na Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados. Ao todo, oito pessoas já foram ouvidas pela especializada.
De acordo com a delegada-assistente Josy Lima, ainda é cedo para afirmar que o caso se trata de boicote.
Na segunda-feira (20), durante o lançamento do programa Segurança Presente em Copacabana, o governador Wilson Witzel voltou a falar em sabotagem. Sem apresentar provas, usou como justificativa uma suposta intenção de prejudicar o leilão de concessão da empresa.
A venda da companhia faz parte do acordo de recuperação fiscal firmado entre o governo do Rio e a União, em 2017, e deve ser concluída até o fim do primeiro semestre deste ano. Caso contrário, a empresa passa imediatamente para o controle federal.
No modelo de negócios desenvolvido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a Cedade continuaria responsável pela produção e tratamento de água, cabendo a outras empresas ou consórcios ficarem encarregados de outras áreas. Estima-se que o negócio possa atrair investimentos de pouco mais de R$ 32 bilhões.
Em 2018, ainda na gestão passada, a Assembleia Legislativa derrubou o veto do então governador Luiz Fernando Pezão (MDB) à emenda que revoga a venda da Cedae.
Caso seja comprovado o crime, a pena para os envolvidos pode chegar até 10 anos de prisão.
Por Michael Verisismo
Espero que esse caso seja concluído logo e que os culpados paguem por seus atos, sejam eles intencionais ou não. O que não pode, é a população pagar por uma irresponsabilidade dessas…