A Comissão de Segurança Pública e Assuntos de Polícia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) discute, nesta segunda-feira (26), o uso de snipers, blindados e helicópteros em operações policiais.
A intenção do grupo é discutir as “garantias legais” dadas aos policiais que utilizam este equipamento, de acordo com edital publicado na semana passada.
O grupo é formado, em sua maioria, por deputados do PSL — sigla com mais deputados na Casa. São cinco, entre os 11 — considerando titulares e suplentes.
Membros efetivos são sete. Dois deles são ex-delegados: Carlos Augusto (PSD) e Martha Rocha (PDT). Completam o grupo titular Coronel Salema (PSL), Márcio Canella (MDB), Alexandre Freitas (Novo), Bruno Dauaire (PRP) e Márcio Gualberto (PSL).
A comissão, na Alerj, é conhecida como “bancada da bala”.
Bombas de efeito moral
A audiência ocorre uma semana depois de um vídeo mostrar o lançamento de bomba de efeito moral em ação policial na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio.
Na ocasião, a Polícia Civil afirmou que usou a bomba para “minimizar a necessidade de emprego de arma de fogo”.
Dias depois, ao Bom Dia Rio, o secretário da Polícia Civil argumentou que o helicóptero é um “salvador de vidas”.
“A Polícia Civil, quando vai a uma operação, ela já fez um trabalho de investigação, já obteve um mandado de prisão, já fez o planejamento prévio e trabalha com inteligência na hora”, explicou Braga.
Mortes em confronto
Julho de 2019 foi o mês em que mais pessoas morreram em intervenções policiais no Estado do Rio desde 1998, quando a estatística começou a ser contabilizada. Foram 194, no total, segundo dados divulgados na quarta-feira (21) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
O número equivale a mais de seis pessoas mortas por policiais por dia. Até então, o maior registro mensal era de agosto do ano passado, com 176. Em maio de 2019, o patamar foi semelhante: 171.