Vivemos uma onda de clamores por novidades na política e ouvimos os jargões: “- Não vote em ninguém de mandato”, “- Vamos renovar a política”, e por ai vai. Tanto nas eleições de 2016 quanto em 2018, o que percebemos desta renovação política foi um verdadeiro desastre na experiência em gestão pública. O que aconteceu com esta fase de renovação foi uma avalanche de vaidade, soberba e falta de preparo.
Logo assim, falta gestão, competência, qualificação e preparo para a coisa pública, tanto que vemos, por exemplo, o caos que vive a cidade do Rio De Janeiro, com a falta de investimento em Saúde e Educação, a falta de traquejo para o jogo político com a câmara de vereadores e a total incapacidade como gestor. Você pode dizer que ele tem a maioria como base na Cinelândia, porém com as pesquisas que apontam 70% de reprovação, vamos ver quanto tempo vai durar esta base em ano eleitoral quando entrará em jogo o : “Farinha pouca meu pirão primeiro”. Sem falar na questão em confundir o que significa Estado Laico, previsto na constituição, e ser bispo de uma igreja e ser alcaide. Isso mesmo, o prefeito da cidade contratou para a festa de réveillon em 2019, uma cantora evangélica, sem dar voz para outros segmentos inter-religiosos, ainda bem que através de uma ação no Ministério Publico, esta ação foi barrada. Sem falar na famigerada reunião que ficou batizada como o “Fala com a Márcia”, onde no palácio da cidade ofereceu cirurgias de catarata e outros privilégios na área de saúde para pastores de seu segmento.
A Nova Política
Mas vamos voltar a falar da NOVA POLÍTICA, pois os novos mandatários prometeram acabar com os cargos por indicação política e a promessa não durou nem um ano em algumas esferas do executivo. Definitivamente gritavam aos quatro cantos do planeta que seriam a nova política, até começarem a entender como funciona o jogo político de verdade. Em uma entrevista para a Globo News, o presidente da Câmara de Deputados Rodrigo Maia questionou, ainda, o uso do termo “nova política” pelo Planalto e pediu “cuidado para não ficar olhando o parlamentar sempre como vilão”.
“É toma lá dá cá quando o Parlamento olha para o governo, mas não é toma lá dá cá quando o governo quer escolher o relator da reforma da Previdência? Quando (a influência do governo) é na Câmara, não tem problema nenhum, mas quando é no governo é velha política?”, ponderou o parlamentar.
Ele considera “legítimo” que o Planalto queira influenciar na escolha do relator para a comissão especial da reforma da Previdência, mas demonstrou incômodo quanto ao termo “nova política”. “O que é velho e o que é novo? Ninguém me explicou ainda o que é novo. Eu sei o que é certo e o que é errado”, disse.
Ainda assim, em 2020 sem a onda
Bolsonaro na crista, os inúmeros desastres das novidades políticas, sem as coligações partidárias e o clamor das mudanças, os eleitores estarão mais ávidos por entregas, principalmente nas agendas de combate a corrupção e segurança pública. A sorte está lançada, então façam suas apostas para os próximos meses. O próximo passo acontecerá em março na janela para as mudanças dos partidos e a formação das nominatas. Agora é esperar as cenas dos próximos capítulos da onda da mudança. Vamos saber o que é mais preponderante a “novidade” ou a “capacidade”.